Fruticultura irrigada – sistema de gotejamento permite plantar frutas no sertão nordestino

A fruticultura irrigada tem se mostrado como a atividade agrícola que mais se expande nos últimos anos e a irrigação por gotejamento, no sertão nordestino, permite que um sonho vire realidade. A fruticultura irrigada tem se mostrado como a atividade agrícola que mais se expande nos últimos anos.

É crescente a demanda interna e externa por frutas, principalmente as do tipo exportação e a adoção da técnica de irrigação por gotejamento no sertão nordestino, região semiárida, considerada adversa ao desenvolvimento de lavouras, tem tornado um sonho, antes considerado impossível, um fato real. Quando bem implantada, airrigção por gotejamento viabiliza a produção agrícola e possibilita a obtenção de frutas de melhor qualidade, até mesmo na época da entressafra. Sem ela, seria impossível aos agricultores vencerem as condições climáticas da região nordeste, muitas vezes agravadas pela estiagem prolongada.

A fruticultura irrigada tem se mostrado como a atividade agrícola que mais se expande nos últimos anos

O gotejamento faz com que frutas, como o melão, melancia, goiaba, maracujá, banana e mamão crescem viçosas e doces. No entanto, ele exige, para a sua correta aplicação, conhecimentos específicos, como as técnicas agrícolas de preparo do solo, adubação, manejo de pragas e doenças, entre outras. Somente assim, o produtor conseguirá manter uma produção em escala, durante os 12 meses do ano, aumentando sua expectativa por uma maior rentabilidade.

No Brasil, de 2000 a 2012 as exportações tiveram um salto de US$ 50 milhões para US$ 619 milhões, e os Estados do Nordeste lideram esta estatística. Neste novo senário, graças ao sistema de irrigação por gotejamento, o melão, a manga e a uva são as frutas que mais faturaram. A maior parte dos frutos é exportada para os exigentes mercados da Europa, principalmente, dos EUA e o Oriente Médio.

A irrigação por gotejamento viabiliza a produção agrícola e possibilita a obtenção de frutas de melhor qualidade, até mesmo na época da entressafra

Sistema de irrigação por gotejamento

Pelo sistema de irrigação por gotejamento, a água é levada sob pressão por tubos até os pomares. Depois, é aplicada no solo por meio de emissores na raiz da planta, frequentemente, e em baixa intensidade. Os emissores de sistemas de irrigação localizada, gotejadores e microaspersores são os componentes responsáveis por aplicar água no solo para ser utilizada pelas plantas. Existem, basicamente, três formas de dispor as mangueiras ou linhas laterais nas culturas para se fazer a irrigação:
– Uma linha lateral por fileira de plantas;
– Duas linhas laterais por fileira de plantas;
– Uma linha lateral para duas fileiras de plantas.

O sistema mais adequado para cada situação vai depender, além da cultura a ser implantada, de estudos prévios feitos por profissionais habilitados para desenvolver o projeto de irrigação. Uma coisa é certa, a eficiência desse processo chega a 95%, não havendo desperdício de água, bem mais precioso do nordeste.

Fertilização e Quimigação

Quando a irrigação pelo sistema de gotejamento é associada à fertilização e à quimigação, então, o sucesso é muito maior. Neste caso, a lavoura não recebe apenas água. Ela é irrigada com água, nutrientes e defensivos ao mesmo tempo, na dose certa para o seu desenvolvimento.

Abastecimento

O abastecimento de água é feito por meio de poços artesianos. No sertão nordestino, a dificuldade para se chegar aos lençóis freáticos é tão grande, que os fruticultores, muitas vezes, têm de construir poços de até 100 metros de profundidade.

Integração lavoura-pecuária

A moderna e eficiente técnica da integração lavoura-pecuária, usada nos quatro cantos do mundo, também já chegou ao Nordeste. Neste sistema, aplicado na região Nordeste, os resíduos das frutas engordam os carneiros e ovelhas de corte, enquanto a pecuária reforça a receita. Os produtores compram os animais são magros, para depois vendê-los gordos.

É crescente a demanda interna e externa por frutas, principalmente as do tipo exportação.

Fonte: Embrapa

Por Silvana Teixeira

Artigo visto em:http://www.cpt.com.br/

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