No caso do tomateiro, planta extremadamente exigente, é praticamente impossível pensar em hidroponia sem relacioná-la com ambientes protegidos. Por isso, usa-se a estufa, um ambiente controlado, para aquecer o ambiente e evitar os prejuízos de excessos de chuvas e geadas.
Atualmente, no mercado, há vários modelos de estufas pré-fabricadas, fabricadas em ferro galvanizado. No entanto, o produtor pode construir a sua própria estufa, utilizando, para isso, madeira e outros materiais, diminuindo consideravelmente seus custos.
Algo que requer cuidado na construção da estufa é o pé direito, pois este não pode ser inferior a 2,5m. Essa altura é importante para que o tomateiro tenha espaço para crescer e para auxiliar no controle das condições ambientais, favorecendo a ventilação de toda a estrutura
No entanto, para que possamos monitorar as condições ambientais no interior da estufa, são necessários um termômetro máximo e mínimo e um medidor de umidade, chamado higrômetro. A partir dos dados obtidos em tais aparelhos, devemos manejar a estufa de maneira para atingir as condições adequadas ao tomateiro.
A abertura ou fechamento das cortinas laterais é a maneira mais simples de alterar as condições interiores de uma estufa não climatizada. Mas o manejo mais difícil é diminuir a temperatura, este é feito com o uso de exaustores.
Antes de se iniciar o cultivo de tomates no sistema hidropônico, deve-se observar atentamente a localização da estufa.
Vejamos:
Topografia
Dessa forma, toda a área terá uma distribuição uniforme da luz, além de facilitar a irrigação e o manejo durante o cultivo dos tomates.
Orientação
A posição da estufa é orientada conforme a direção dos ventos predominantes, no sentido de sua direção, freando com isso o mínimo possível dos ventos, o que aumenta a durabilidade da estufa. Já quanto à luminosidade, a orientação mais recomendada para a estufa é a Norte-Sul. No entanto, em regiões de pouca incidência de sol, o ideal é construir a estufa de Leste a Oeste.
Muito fortes devem ser evitados, pois causarão danos à estufa, e, consequentemente, à produção. Em regiões de ventos fortes, as estufas devem estar protegidas para evitar que os plásticos sofram danos, elevando os custos de produção. Daí a necessidade de construção de quebra-ventos para diminuir a velocidade dos ventos. Este deve ter de 8 a 10 m de distância da estufa para que não haja interferência de luz. No entanto, não se deve bloquear totalmente os ventos, pois estes contribuem para o arejamento das plantas.
Água
A estufa deve estar próxima a uma boa fonte de água pois esta transporta os nutrientes para as plantas e deve ser isenta de contaminantes, o que se pode comprovar fazendo análise químico-biológica.
Quando falamos em estufa, não podemos nos esquecer dos transformadores, das fontes de energia e dos geradores à gasolina, todos de grande importância para o seguro e perfeito funcionamento do sistema.
Luminosidade
Para receber a luminosidade adequada, a estufa deve ser construída longe de bosques, pois o tomate hidropônico é bastante exigente à luz.
Solo
Os solos para o cultivo de tomate hidropônico de arenosos até os mais pedregosos, pois só terão a função de sustentar a estrutura do sistema hidropônico.
Artigo visto em: http://www.cpt.com.br/