O Mapito – Substrato inerte para hidroponia

O que é o Mapito?

O Mapito é um substrato inerte muito utilizado pelos cultivadores holandeses na floricultura em estufas e nos cultivos hidropônicos pelas características que apresenta como uma maior oxigenação e uma excelente retenção de umidade. Este substrato esta composto a base de flocos e escamas de lã de rocha e polietileno.

Para poder usar o mapito antes deveremos estabilizá-lo e umedecê-lo corretamente. O procedimento é muito simples e similar ao da lã de rocha. Em primeiro lugar limparemos o substrato para deixá-lo livre de impurezas ou sais que podem fazer aumentar os níveis de CE. Para limpá-lo corretamente deveremos de colocar todo o substrato a ser usado num balde com água com uma CE o mais baixa possível de 0.3 a 0.4 ms/cm.

Uma vez tenhamos o mapito lavado deveremos estabilizar o pH do substrato numa faixa de 5.4-5.8 para poder começar sem problemas o cultivo com a CE o mais baixa possível e o pH estável para uma correta alimentação das plantas desde o começo do plantio.

O Mapito é um substrato que antes de ser usado deve de umedecer-se para um correto uso já que se este não se molha bem previamente sua capacidade para reter água ficara muito reduzida do que na verdade ele tem. É importante que se mantenha molhado durante umas 24 horas aproveitando o momento para realizar a estabilização do pH.

Vantagens do Mapito frente á Lã de Rocha

O mapito e a lã de rocha são dois substratos muito similares, que tem características parecidas e de excelentes resultados para os cultivadores na hidroponia.

O Mapito como já temos comentado com anterioridade esta composto por lã de rocha e polietileno e se apresenta em forma de flocos e granulado a granel. Este formato de flocos é ideal já que se pode cultivar em vasos o que permite poder mexer ou rotar as plantas. Com os Slabs de lã de rocha as plantas não se podem mexer já que poderíamos quebrar as raízes ou o torrão central destas e danificar as plantas.

Por outra parte temos o grau de oxigenação, nos dois substratos é alto, mas cabe dizer que o mapito ao ser granulado tem um grau extra de oxigenação. O alto grau de porosidade do mapito faz que este meio de cultivo seja muito adequado para os cultivadores tanto em hidroponia como em vasos.

A retenção de água é muito similar entre ambos substratos de modo que com o mapito ganhamos em quanto à oxigenação e retenção de umidade ao Slab da lã de rocha comum.

Como cultivar em Mapito passo a passo

O primeiro que faremos como já temos comentado com anterioridade é adequar a CE e o pH do substrato. Procederemos colocando o substrato num balde com água com o pH estabilizado a 4.2-4.5 tendo em conta que o mesmo acabara por subir a 5.2-5.5 sendo a faixa para começar com as mudas ou estacas. Mediremos a CE inicial para saber a diferencia de CEs depois de realizar a estabilização do substrato.

Se observamos que depois de umas 12 horas a CE do água que esta a remolho há subido uns pontos devermos de vaziar o balde para enchê-lo novamente com água com uma CE inicial baixa e um pH estável.

O segundo passo traz estabilizar o mapito é proceder a eliminar o excesso de água de modo que o substrato fique umedecido, mas sem estar encharcado, pode-se fazer simplesmente com as mãos exercendo uma leve pressão para evacuar o excesso de água.

Apos ter realizado o processo de evacuação do excesso de água deveremos colocar o mapito em vasos ou canteiros com cuidado vigiando que não fique muito comprimido já que teríamos uma redução importante da oxigenação no substrato. Há que ter em conta que o mapito quando absorve água se comprime, criando pequenos espaços vazios, pelo que encheremos os vasos ou canteiros com substrato e depois da rega olharemos se o substrato há compactado deixando algum espaço livre que devera ser enchido de novo com mais mapito se for o caso.

Uma vez tenhamos os canteiros ou vasos enchidos com o substrato colocaremos as sementes previamente germinadas nas lãs de rocha ou pequenos blocos de mapito comprimido como se de terra se tratara deixando que o caule fique coberto por uma pequena camada de mapito.

Se optamos por realizar o cultivo em vasos as tampas serão indispensáveis para evitar que as raízes entrem em contacto com a luz e ao mesmo tempo evitaremos o crescimento de algas na parte superior do substrato. No caso dos canteiros usaremos uma manta de cor branca para tampar todo o substrato.

As tampas dos vasos terão dois buracos, o central que será onde irão as mudas ou estacas e um lateral para que se poda instalar os gotejadores. Cabe dizer que ao começo do crescimento e até a segunda semana de floração, quando as raízes deixam de crescer, se deverá realizar uma rotação da posição dos gotejadores para ter uma distribuição equitativa da umidade dentro dos vasos.

Este tipo de vasos estão especialmente desenhados para o cultivo com mapito, neste caso usaremos vasos de 3,5 L de capacidade (equivalem a um vasos de 13 L de terra) os quais tem uma excelente drenagem para facilitar a evacuação da solução nutritiva. Deste modo evitaremos que se poda produzir uma acumulação de sais ou um excesso de umidade o qual poderia chegar a produzir apodrecimento radicular que poderia levar á morte das plantas.

Conclusões sobre o cultivo em Mapito

O mapito esta cada vez mais implantado nos sistemas de cultivo hidropônicos onde se premia a velocidade no crescimento, a facilidade no cultivo junto com a qualidade e a produção do produto final.

Sobre este substrato podemos dizer em comparação á lã de rocha usada tradicionalmente, que é mais fácil poder movimentar as plantas caso precisáramos. Alem disso, também conseguiremos uma poupança na quantidade de solução nutritiva já que deveremos rebaixar esta em comparação á que usamos na lã de rocha ou noutros substratos, o motivo é uma clara melhora na oxigenação do sistema radicular e em consequência uma maior absorção dos nutrientes precisando menor quantidade de adubos em comparação a outros substratos. Também cabe destacar que com o mapito a quantidade de água usada nas irrigações será menor devido á grande capacidade que este substrato tem de reter água e umidade.

O mapito a diferença da maioria dos substratos pode ser reutilizado varias vezes, só devemos retirar as raízes lavando cuidadosamente com água e limpar o excesso de nutrientes e impurezas que poda ter acumulado no anterior cultivo, nesta operação perderemos um 10-12% do volume já usado, mas será recuperado um 90% aproximadamente do mapito. Por ultimo voltaremos a realizar o processo de estabilização deixando novamente num balde 12-24 horas com um pH de 5.5 e uma CE de 0.4 ms/cm.

Com todos esses argumentos só podemos dizer que o mapito é sem duvida nenhuma um dos melhores substratos inertes que hoje em dia temos no mercado para cultivar em hidroponia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *