Horta – Como preparar suas próprias mudas

Se você pretende fazer sua horta, é importante saber como preparar as diferentes variedades de plantas hortícolas que temos à disposição. Existem variedades que se beneficiam com o transplante, como é o caso das alfaces, couve, couve-flor, tomates, etc. Outras são indiferentes ao transplante, como o caso das rúculas, almeirões e beterrabas. E finalmente, existem aquelas que não toleram o transplante, como as cenouras.

De modo geral, quase todas podem ser plantadas diretamente no local definitivo. Só que neste caso, principalmente quando temos pouco espaço, seu canteiro ficará ocupado por muito tempo. Então o ideal será fazer sementeiras, que nada mais são que locais onde as sementes irão germinar, transformar-se em mudas e então sim, serão transplantadas para o local definitivo.

Como sementeira, podemos usar bandejas ou copinhos de papel. Esta sementeira deverá estar em local protegido das chuvas e do forte sol dos meses de verão. Para proteger das chuvas, podemos usar filme plástico, e para proteger do sol forte, o sombrite. A combinação destas duas proteções também pode ser realizada.

A cobertura plástica, além de proteger das chuvas, também ajuda a aquecer o ambiente no inverno e a manter a umidade do substrato. Quando as mudinhas estiverem perto do ponto de transplante, deverão ser gradativamente adaptadas ao pleno sol, para não se ressentirem durante transplante.
Uma das principais vantagens de uma boa sementeira é o curto tempo em que o canteiro ficará ocupado. No caso de alfaces, almeirão e rúcula, você poderá fazer uma colheita com menos de um mês. No caso das couves, a colheita poderá se extender por um longo tempo, já que colhemos só as folhas desenvolvidas. O mesmo acontece com os almeirões, cebolinha, salsa e outros.
Temos também aquelas que não aceitam o transplante.

Neste caso, as sementes deverão ser sempre semeadas no local definitivo. Como exemplo, além da cenoura, temos também os nabos e rabanetes. Estas hortaliças quando transplantadas, não desenvolvem as raízes. A excessão fica por conta da beterraba, única hortaliça de raiz, que mesmo sendo transplantada com a raiz nua, desenvolve-se normalmente.

Depois temos os frutos que são usados como “sementes”. É o caso do chuchu. Deita-se a fruta sobre substrato fresco e úmido, aguarda-se o enraizamento e planta-se o fruto no local definitivo.
Podemos citar também os bulbos, como o alho por exemplo. Prepara-se o canteiro e enterram-se os “dentes” de alho. Esta é uma maneira de obter as cabeças de forma mais rápida. O alho também pode ser plantado de semente, assim como a cebola. Também podemos utilizar cebolas pequenas para produzir cebolas grandes, da mesma forma que os dentes de alho.

E temos ainda as estacas, que é uma forma rápida de conseguir uma muda quase produzindo. Como exemplo de estacas, podemos citar o próprio tomate, onde alguns tomaticultores usam as pontas (estacas ponteiro) para enraizar e formar um novo tomatal. Muitas plantas medicinais e ervas aromáticas podem ser obtidas através de estacas também, como o alecrim, o manjericão e a erva cedreira.

A aquisição de sementes deverá ser através de empresas idôneas, ou então você poderá produzir suas próprias sementes. É o caso das pimentas, tomates, espinafre, almeirão (principalmente o roxo), ou seja, plantas que formam frutos e sementes com facilidade.

Em muitas verduras, após a floração, observa-se que no pendão floral se formarão as sementes, que deverão ser colhidas e guardadas para novos plantios. Enfim, existem diversos tipos de sementes que poderão ser colhidas e guardadas para posterior plantio. Você pode armazenar as sementes em saquinhos plásticos, bem apertados, amarrados, identificados e guardados na parte mais baixa da geladeira.

Desta forma, suas sementes manterão o poder germinativo durante bastante tempo. Este tempo vai variar entre cada espécie mas, de modo geral, a durabilidade das sementes varia de 6 meses a 1 ano.
Boa colheita!

Artigo visto em: http://www.jardineiro.net

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