A produção de mudas em bandejas é hoje uma das mais modernas técnicas existentes no mercado. Essas bandejas são compostas por células, com o formato de uma pirâmide invertida, com um furo em baixo. Elas podem ser de isopor, papelão ou plástico.
São conhecidas também por canteiros móveis suspensos. Isto porque estas bandejas devem ficar suspensas, de tal maneira, que o ar circule na parte de baixo, para que as raízes que passarem pelo furo, sejam podadas naturalmente pelo ar/vento. Isto estimula a formação de raízes secundarias, aumentando assim o numero de raízes das mudas.
O tamanho padrão de uma bandeja é de 68 centímetros de comprimento por 35 centímetros de largura. A altura pode variar, de acordo com o numero de células. A melhor bandeja, ao meu ver, é a de 128 células, pois servem para uma grande parte de culturas. Cada uma das células tem 3,5 centímetros de largura e 6,2 centímetros de altura.
Nestas bandejas, o desenvolvimento das plantas é uniforme. Pode-se transplantar alface, rúcula, almeirão e outras com 15 a 20 dias. As mudas vem acompanhadas de muitas raízes, e retomam o crescimento rapidamente, não sentindo o transplante. Com o uso das bandejas, é possível pelo menos uma colheitapor mês de um determinado canteiro. Para quem gosta de uma horta no fundo do quintal, a bandeja é uma ótima solução para muitas colheitas.
Um bom substrato para preencher estas bandejas pode ser preparado através da mistura de húmus de minhoca (vermicomposto) com composto orgânico ou esterco curtido. Uma outra sugestão de formulação seria, uma parte de terra arenosa, para uma parte de esterco curtido ou húmus de minhoca. Cada 20 litros desta mistura, pode ser enriquecida pela adição de 200 gramas de farinha de ossos e um copo de cinzas (sem sal – não utilize cinzas de churrasqueira). Adicione a este total o mesmo volume de casca de arroz, faça uma pilha e espere uma semana para utilizar.
Uma terceira receita de substrato para bandejas, que aliás eu utilizo, pode ser definida pela combinação de uma parte de composto orgânico para uma parte de esterco curtido. A cada 20 litros adicionar 200 gramas de farinha de ossos e um copo de cinzas.
Para retirar as mudas das células, basta puxá-las pelo colo que elas sairão com o torrão. Se estiver difícil a retirada, umedeça um pouco o substrato, e com um pedaço pequeno de madeira, empurre a muda pelo furo (embaixo). Quando notar que a muda está solta, puxe-a que ela sairá facilmente. Jamais puxe pelas folhas, pois assim você pode arrebentar a muda.
Outra maneira de retirar as mudas é com o auxílio de uma faca pequena. Introduza a faca entre a parede da célula e o torrão e faça uma pequena pressão puxando a muda para cima. Assim, ela também sairá com bastante facilidade. Se ao invés de bandejas de isopor, você estiver utilizando a versão de plástico, uma dica simples para a remoção das mudas é amassar levemente com os dedos as paredes das células, por baixo da bandeja, assim elas se soltam, facilitando a retirada do torrão.
No caso das sementeiras de papelão, nem se incomode em retirar o torrão, vá destacando as células, rasgando ou com o auxílio de uma tesoura, e plante diretamente nos canteiros.
Bem, espero ter ajudado, colaborando para hortas domésticas e orgânicas. Dizem que as verduras orgânicas não são tão bonitas quanto as convencionais. Discordo, as verduras orgânicas, quando bem conduzidas, são bem mais bonitas e saudáveis que as convencionais. Além do valor biológico superior.
Artigo visto em: http://www.jardineiro.net