Cultivando em fibra de Coco

O coco como substrato

Neste artigo vamos explicar como utilizar adequadamente o substrato de coco desde nossa própria experiência nos diferentes cultivos já realizados. Podemos dizer que a fibra de coco é o sistema de cultivo hidropônico mais simples e fácil para começar na aventura da hidroponia.

No primeiro lugar devemos de conhecer sua composição para poder usá-lo adequadamente em nossos cultivos.

A fibra de coco é um produto biológico que procede dos frutos dos coqueiros. Depois do tratamento dos cocos se obtém como resíduo as fibras do mesocárpico do coco. Estas fibras residuais as encontraram em pó e filamentos, sendo a mistura de ambas o substrato ideal para plantas ornamentais ou cultivos intensivos de hidroponia.

Se temos em conta a vantagem que tem o substrato de coco frente ao substrato de terra entenderemos porque são tantos os cultivadores que estão pensando em começar a cultivar em coco. É importante destacar as diferencias entre o coco e os demais substratos para compreender suas grandes qualidades.

Em primeiro lugar cabe destacar e ter totalmente claro que o coco é um substrato inerte, isto significa que por tanto se devera de adubar cada vez que se irrigam as plantas.

A oxigenação do coco é um dos pontos a destacar deste substrato, pois ao ser um meio de cultivo sumamente esponjoso faz que o sistema radicular das plantas possa crescer e desenvolver-se muito mais rápido que em substrato de terra. Isto claramente se traduz num crescimento mais vigoroso, podendo reduzir os dias do período vegetativo. Cabe destacar também que o coco contem Trichoderma natural ou Trichoderma Harzianum (fungo benéfico) que ajuda á criação e evolução das raízes e melhora o sistema imunitário das plantas, porem, cria uma grane vida microbiana positiva para todos os processos metabólicos das plantas.

As irrigações em coco

Como já temos comentado anteriormente, ao tratar-se de um substrato inerte, deverão de aplicar fertilizantes cada vez que se irrigue as plantas, tendo em conta que devemos ter controlados os níveis de EC e pH.

A EC o eletrocondutividade é o nível de adubo ou sais minerais que ai numa dissolução aquosa, de modo que dosaremos o adubo acrescentando mais ou menos quantidade segundo as necessidades e a etapa da vida das plantas. O pH é o rango em que nos baseamos para poder saber se um água é alcalina o por contrario é acida. Os rangos de pH, a escala do qual se inicia de 0,0 até 14,0 servirão para determinar quanto de alcalina ou acido é.

Para o cultivo em fibra de coco aconselha-se utilizar um rango de pH que abarcara de 5,5 até 6,3, e, dependendo da fase em que nos encontremos do cultivo, utilizaremos um ou outro rango. Geralmente os pH são 5,8 para o crescimento e 6,0 para a floração, podendo realizar flutuações do mesmo para que os diferentes nutrientes sejam todos assimilados para as plantas.

Os adubos deverão ser adequados para este substrato e melhor se são quelatados, porem, o grau de absorção para as plantas será melhor e mais rápido. Existem muitas marcas no mercado que se dedicam a criar adubos específicos para coco pelo que o cultivador pode escolher entre uma amplia gama de produtos, sendo estes cada vez mais refinados e especializados para este tipo de cultivo hidropônico.

Em referencia aos adubos para o cultivo em coco comentar que hoje em dia podemos encontrar adubos biológicos e minerais.

Estes últimos são os mais utilizados já que são mais apropriados para sistemas de cultivo hidropônicos. Cabe destacar que há marcas de adubos que se estão centrando em realizar guano orgânico para uso em substrato de coco, abrindo novas possibilidades de cultivo aqueles que têm saudades do cheiro e sabor que deixam os adubos orgânicos em substratos de terra.

Os vasos hidropônicos tipo Librabak são perfeitos para cultivar com Slabs de fibra de coco já que estes contam com degraus interiores que facilitam a drenagem, caso opte por vasos comuns de cultivo deverão de ter sempre um sistema de drenagem para que o excesso de água das irrigações possa ser evacuado com facilidade, ficando o substrato úmido, mas com uma boa oxigenação para uma boa assimilação dos nutrientes e evitar possíveis apodrecimentos radiculares.

Alem disso, devemos de comentar que necessitaremos menor quantidade de substrato, porem, um vaso de menor tamanho para o mesmo desenvolvimento que necessitaria uma planta em substrato de terra. A equivalência coco VS terra seria de um vaso de 1,65L VS vaso de 7L e para plantas maiores utilizaremos vasos de 3L em coco contra vasos de 11L para cultivar em terra.

A irrigação das plantas em coco será similar num começo as irrigações em substrato de terra ainda que como poderemos observar o coco apresenta melhores características em comparação á terra em quanto ao drenagem e evaporação da umidade do substrato, tendo em conta seu alto grau de oxigenação.

Por tanto, as irrigações nas primeiras semanas de crescimento as realizaremos a mão com uma quantidade de não mais de 100ml por planta, para facilitar que o substrato umedece-se e sê seque com facilidade, criando ciclos de umidade e aridez que farão que o sistema radicular desenvolva-se mais rápido e sem problemas de nas raízes. A medida que as plantas vão crescendo sê irrigara com mais quantidade de solução nutritiva. A partir da segunda semana de floração pode-se montar um sistema de irrigação automático e assim manter uma regularidade constante na nutrição para melhorar a produção.

Quando e como realizar o lavado de raízes em coco

Outros aspectos a destacar das irrigações são os lavados de raiz junto aos excessos e carências das plantas. Como a toda planta quando sê lê aplica um excesso de fertilizante, este repercute de tal jeito que pode chegar a queimar as plantas e, por conseguinte a morte destas. Pelo se torna fundamental e necessário controlar tanto a EC de entrada como da saída da drenagem.

Medir o excesso de EC nós servira para conhecer o nível de sais saturadas no substrato que por um motivo ou outro ficarão coladas as fibras de coco. Estes sais acumuladas fazem subir muito a concentração de nutrientes no substrato provocando uma sobre fertilização. É muito possível que apareçam carências que solem ir acompanhadas de um bloqueio por parte das plantas, que faz que sejam incapazes de assimilar os nutrientes necessários.

Realizaremos os lavados de raiz quando os níveis de EC da drenagem sejam superiores a 2,5 MS (Milisiemens) e o realizaremos de modo que aplicaremos Zyme misturado com o triplo de água da capacidade do vaso. Deve-se regular o pH segundo a etapa da vida da planta e a EC mais baixa possível. Realizando esta ação coseguiremos rebaixar a concentração de nutrientes do substrato deixando-o livre de sais para que a planta recupere-se em poucos dias.